



No meu projeto retratei a ideia do desconhecido, da procura de identidade, refugiando-me assim numa realidade que pode ser mudada, tentando apagar tudo o que destrói o equilíbrio da mesma. As imagens reforçam a ideia de não sermos vistos e de sermos apagados, a única coisa que nos consegue identificar é aquilo que vestimos ou o espaço envolvente, tornando-o ideias muito superficiais. Não tendo identidade podemos fugir da nossa realidade e viajar para uma em que vivemos do sonho, do mistério, do enigma, do inusitado reforçando as ideias surrealistas, inspirando o pintor René Magritte e a sua obra. Meia alma é uma tentativa de recuperar o que perdi ou deixei escapar. Meia alma é o espelho da minha memória e da minha essência. Uma essência fragmentada. Nisso trabalhei com os jogos da luz, da sombra e da contra-luz.